Conselho Gestor decide acionar o Ministério Público para cobrar manutenção no Parque da Aclimação

Em reunião nesta segunda, 21 de maio, o Conselho Gestor deliberou, após repetidas manifestações por parte da prefeitura sobre sua incapacidade de garantir manutenção adequada do Parque da Aclimação, acionar o Ministério Público, para que se exija imediatas providências com relação ao patrimônio público, ao meio ambiente e à saúde pública.

Além disso, o Conselho Gestor elaborou uma lista de questionamentos para ser encaminhada, via ofício, para A Secretaria do Verde e a Zoonoses, ambos órgãos da Prefeitura:

Para a Secretaria do Verde serão três pedidos formais: 1) Um posicionamento oficial sobre quem é o administrador do Parque da Aclimação pois, por incrível que pareça, na lista de servidores da Secretaria consta uma pessoa e quem está “cuidando” do Parque é outra; 2) O projeto detalhado da Reforma dos Parquinhos Infantis, com justificativa e diagnóstico situacional, orçamento e relatórios de estudos preliminares: vistorias, NBR, Condephaat etc. E 3) Todos os contratos de vigilância, manejo e limpeza e demais que existirem e dizerem respeito ao Parque da Aclimação.

Para o Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde: 1) Projeto de controle de riscos sobre a saúde pública, por conta da contaminação do solo do Parque por bactérias e microorganismos patogênicos, sendo que um laudo da própria Prefeitura revelou o risco à população; 2) Relatório do que já foi feito para controlar a superpopulação de gatos abandonados por todo o parque.

Essas solicitações são uma inciativa firme para que a situação de total abandono do Parque comece a ser revertida ou pelo menos diagnosticada com base em dados oficiais.

Reforma é solução mágica?

A reforma dos Parquinhos Infantis não foi aprovada pelo Conselho Gestor. Para que isso seja feito, é necessária a apresentação de todos os documentos solicitados.

Foi colocado também pelo Conselho que a interdição das áreas infantis não ocorreu por falta de reforma, e sim por falta de manutenção. Portanto, essa obra deve ser analisada com calma e com a supervisão de todos os órgãos competentes junto à sociedade civil antes de ser colocada em prática.

Nas falas dos moradores presentes na reunião, a tônica era de indignação e vontade de ajudar o parque. Falou-se sobre o estado de abandono, e como essa situação serve de pano de fundo para tentarem privatizar o Parque.

150 quilos de ração de gato no Parque todo mês

Sobre a superpopulação dos animais, foi revelado, por uma “cuidadora dos gatos”, que nada menos do que 150 quilos de ração são despejados por particulares mensalmente no parque, de forma livre, o que comprova a enorme quantidade de animais e acaba gerando um estímulo ao abandono de mais animais.

A preocupação com o estado deplorável em que se encontra o parque é uma constante já há muitas reuniões, mas parece não encontrar eco em quem deveria resolver a questão: a Prefeitura. Nos resta agora tentar nos fazer ouvir por outros meios.

O parque não pode mais continuar abandonado… Participe desta batalha! 🙂